Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
Luan Poiani
colaborador
2022
ano do projeto
200
área construída
Campina Grande, PB
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
2021
ano do projeto
268,50
área construída
São Roque, SP
local
Casa de fim de semana nos arredores de São Paulo para uma família numerosa.
Projeto finalista em concurso público nacional promivido pela Liga Solidária e organizado pelo IAB-SP
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
Luan Poiani
autores
João Pini – Ita Construtora
consultoria estrutura de madeira
2022
ano do projeto
4.250,00
área construída
São Paulo, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
Luan Poiani
autores
2022
ano do projeto
10.001,92
área construída
5.372,58
área computável
44
número de apartamentos
Curitiba, PR
local
O partido explora a geometria do terreno organizando um bloco linear junto ao seu maior comprimento e um segundo bloco, perpendicular a este, em que volumes soltos explicitam as angulações presentes no lote. A opção em um arranjo volumétrico que deconstrói o volume em edifícios autônomos propicia alguns ganhos plásticos e ambientais. Rasgos entre os volumes permitem corredores iluminados, ventilados e com vistas; o edifício se aproxima da escala humana, fica mais acolhedor; aumenta a privacidade entre os apartamentos e ao menos duas fachadas ventiladas em todas as unidades.
A estratégia plástica buscou explorar a horizontalidade das varandas interrompidas por planos verticais conferindo ritmo a grande extensão das fachadas. Na esquina, os volumes combinam planos cegos e planos abertos, tornando a apreensão do edifício mais dinâmica.
Maria do Carmo Vilarino
Luis Mauro Freire
autores
2021
ano do projeto
Campus PUC-SP, São Paulo,SP
local
Concurso público promovido pela Fundação São Paulo – PUC-SP
1º prêmio
A missão do Memorial é dar testemunho solene aos efeitos perversos provocados pela covid e pelo descaso das autoridades públicas responsáveis por combatê-la, resultando na morte de mais de 600.000 pessoas em todo o país. O Memorial honra as 6 vítimas da covid da comunidade da universidade e através delas homenageia as milhares de famílias que perderam seus entes queridos.
O Memorial posiciona-se no jardim de acesso à PUC pela Rua Monte Alegre, evidenciando seu caráter público, propõe uma sequência de experiências de âmbito individual e íntimo e remete ao contexto geral em que se desenrolou a pandemia.
A implantação do Memorial pressupõe a reorganização dos jardins frontais. Haverá a necessidade de torná-lo espacialmente mais público, com o jardim no nível da calçada, removendo as muretas de proteção. As árvores serão mantidas, os elementos arbustivos serão substituídos por massas homogêneas de forrações rasteiras, ampliando a visibilidade do recinto, delimitado pelos edifícios tombados.
O Memorial estará inserido no jardim e sua base ligará a calçada pública ao interior da praça de estar existente.
A base apresenta dois níveis a fim de resolver o desnível topográfico. O mais alto, junto à calçada, é constituído por uma laje de basalto levigado com as inscrições da frase título do memorial e das instituições que a representam em baixo relevo. Seis tubos quadrados são dispostos em uma espécie de cruz, simbolizando as perdas internas como também as mais de 600 mil vítimas. São executados em aço inox pela alta reflexividade desse material, queríamos uma superfície que espelhasse a luz do sol, as árvores, os transeuntes, e que por vezes se desmaterializasse e camuflasse na paisagem do jardim. A idéia de presença e ausência estariam assim contempladas. As cruzes nas pontas dos tubos conferem a sacralidade necessária à essa memória. Na cota inferior, ligada à praça de estar, placas de basalto com as inscrições dos nomes das vítimas da comunidade universitária em aço inox permitem a necessária aproximação para homenagens individuais
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
Luan Poiani
colaborador
2020
ano do projeto
478,25
área construída
Atibaia, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
Luan Poiani
colaborador
2019
ano do projeto
2021 – 2022
ano da obra
774,40
área construída
Campina Grande, PB
local
Rennan Oliveira
Luis Mauro Freire
fotografias
O projeto do clube tira partido da localização privilegiada, no topo de uma colina, junto à rodovia e logo no acesso ao loteamento.
A solução volumétrica fragmentada possibilita variadas visuais da paisagem do sertão parabíbano e a cor terrosa dos volumes faz referência às rochas encontradas no local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
2019
ano do projeto
150,00
área construída
São Paulo, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
Henrique Fina
Marcelo Ursini
autores
Luan Poiani
colaborador
2018
ano do projeto
17.112,00
área constuida
Brasília, DF
local
Procuramos uma imagem institucional forte para a escola CED Crixá junto à avenida, dispondo um edifício laminar que explora a generosidade do terreno e marca o acesso de público para a escola. Ao mesmo tempo em que, na rua posterior voltada para o bairro, o edifício é dividido em blocos, configurando espaços de vivência acolhedora para os alunos.
A implantação da escola se adequa a topografia em aclive do terreno, estabelecendo patamares em meios níveis que organizam as funções. São três os patamares principais: o nível mais baixo acolhe a quadra e o estacionamento; o intermediário abriga o acesso de alunos, o pátio coberto e o pátio externo de vivência; e o superior, que abriga o acesso de público pela avenida e administração, e os ambientes mais coletivos – refeitório, salas de artes, música e biblioteca – , posicionados no entorno do pátio externo que abriga a horta. A adequação à topografia acontece tanto no sentido transversal como longitudinal do terreno, equilibrando cortes e aterros, e evitando arrimos altos.
Os ambientes didáticos ocupam o andar superior, organizados num mesmo nível, exceto os ambientes que respondem por uma maior socialização – salas de artes, música e biblioteca – localizados no térreo. As salas foram divididas em dois blocos, separando o ensino médio (linear) e o fundamental (organizado em L). As salas especiais foram posicionadas entre os blocos para atender ambos os ciclos.
Os ambientes didáticos estão orientados à leste, norte e sul, buscando melhor conforto térmico evitando insolação oeste no período mais quente do dia, e há ventilação cruzada em todos os ambientes.
O acesso de público – voltado para a avenida – e o de alunos – voltado para a rua posterior – são alinhados e estabelecem um eixo que delimita de um lado os usos potencialmente mais públicos da escola, que podem ser franqueados à população em horários alternativos, como o estacionamento, o auditório e a quadra esportiva; no outro lado, os usos privativos da escola.
A circulação foi pensada como varanda que se articula visualmente aos espaços de vivência, propiciando animação e oportunidades de encontro aos alunos, por sua vez estreitando a relação entre interior e exterior. Cada sala apresenta uma vitrine externa para exposição pública de trabalhos de alunos. Não há corredor sem saída, e o posicionamento das escadas e rampas permitem rotas de circulação alternativas. A rampa, posicionada ao lado da quadra esportiva, liga todas as cotas da escola, atendendo a NBR 9050.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
Luan Poiani
autores
2018
ano do projeto
65,00
área construída
Campos do Jordão, SP
local
A residência ocupa toda a extensão da projeção definida para o lote, aproveitando a melhor orientação e vistas para todos os ambientes; uma escada interna permite que da casa se acesse as diferentes cotas de nível do terreno. Quando o acesso à casa é feito pela cota superior do terreno, a supressão da escada permite ampliar a área do quarto ou da sala, ou incluir um novo sanitário.
O arranjo da moradia permite certa versatilidade no uso dos espaços, qualidade necessária a uma moradia contemporânea: a disposição dos ambientes busca eliminar ao máximo corredores e permite a reconfiguração dos espaços conforme as necessidades dos moradores (subdivisão dos quartos, por exemplo).
Os serviços (cozinha, sanitário e área de serviços) estão concentrados numa única prumada hidráulica, onde divisórias de gesso acartonado associadas às paredes em Cross Laminated Timber configuram shafts hidráulicos e elétricos; pretende-se que as águas pluviais da cobertura, encaminhadas para os reservatórios inferiores, provisionem água não potável para a moradia.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
autores
Luan Poiani
colaborador
2019
ano do projeto
5.687,35
área construída
Curitiba, PR
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilarino
Henrique Fina
Marcelo Ursini
autores
Jonathas Pereira da Silva
Alessandra Argenton
consultores de urbanismo
Hélio Olga
consultor estrutura de madeira
Jonatas Barros
Letícia Yoshimura
Luan Poiani
Ricardo Flores
colaboradores
2017
ano do projeto
17.112,00
área construída
Limeira, SP
local
1º Prêmio em Concurso Público Nacional de Arquitetura e Urbanismo
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
autores
Fábio Marchi
Felipe de Paula Chaves
Felipe Tanos
Daniel Chun
Zula Matias
Jonatas Barros
Luan Poiani
colaboradores
Projeto Paulista de Arquitetura
urbanismo, paisagismo e arquitetura
Linear Engenharia
macro-drenagem, geométrico, terraplanagem
Planear Engenharia
fundações, consolidação geotécnica, alvenaria armada e concreto
JPD Instalações Hidráulicas e Elétrica
instalações prediais
Civilsolo Sondagens e Fundações
consultoria de solos
Solotec Engenharia
sondagens
Bea Bustos Engenharia e Projetos
Motta Gentil Agrimensura
levantamento cadastral
2011 | 2016
projeto
Sacomã, São Paulo, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
Jonatas Barros
colaborador
2017
projeto
1.600m2
área construída
Jundiaí, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
autores
Fábio Marchi
Felipe de Paula Chaves
Felipe Tanos
colaboradores
2011
projeto
Sacomã, São Paulo, SP
local
O perímetro Meninos 1 caracteriza-se como limite urbano da cidade de São Paulo, divisa com São Bernardo do Campo assinalada pelo córrego dos Ourives. A interligação viária entre os dois lados do córrego se faz em apenas três pontos, numa extensão de mais de três quilômetros, o que atesta a condição de barreira do córrego. Grosso modo, pode-se dividir o PAI Meninos 1 em três setores e nossa proposta busca responder às diferentes condicionantes de cada setor conforme segue:
Setor leste: Em setor de forte caráter industrial por influência da Rod. Anchieta, implantou-se um pólo habitacional de alta densidade trazendo nova dinâmica ao local. A nova quadra constrói uma frontalidade junto ao parque e novas vias permitem conexão viária com a outra margem do rio.
Setor central: Propõe-se a remoção total das favelas e a construção de habitações e equipamentos ao longo do parque linear, definindo uma nova frente urbana junto ao córrego, pontuada por uma praça junto ao principal nó viário – que articula todos os setores e estes com o viário da margem oposta – que promoverá nova centralidade ao local e melhoria de seus espaços públicos;
Setor oeste: a proposta de uma via de contorno do parque linear viabiliza uma melhor articulação do viário existente e a ocupação das glebas vazias, criando novas frentes voltadas ao parque. A incorporação das áreas desocupadas pela favela Jardim Celeste permite ampliar a largura do parque linear para instalação de equipamentos esportivos e pontos de socialização.
Dessa forma entende-se que a implantação do conjunto das propostas deverá não só prover novas áreas verdes ao setor como também seu desenho deverá reverter a atual condição de fundos e passar a constituir uma nova frontalidade, propiciando a conectividade entre as duas margens.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
Henrique Fina
autores
José Mário de Castro Gonçalves
Luis Oliveira Ramos
colaboradores
COBRAPE – Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos
coordenação, levantamentos, cadastramentos, serviços sociais, infra-estrutura urbana, sistema viário, geotecnia
Alleoni Engenharia e Projetos
fundações, alvenaria armada e concreto
JPD Instalações Hidráulicas e Elétricas
instalações prediais
2003
projeto
São paulo, SP
local
16,66ha
área de urbanização
55.150m2 – 992 unidades habitacionais
área construída
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
Projeto Paulista de Arquitetura
luminotécnica
Alexandre Sresnewsky
acústica
JPD
hidráulica e elétrica
Poliar
climatização
OHM e Infra Engenharia
construção
Nelson Kon
Luis Mauro Freire
fotografias
2008
projeto
2009
obra
1000m2
área construída
São paulo, SP
local
O grande desafio neste projeto foi contornar o problema do pé-direito baixo do imóvel alugado pelo cliente (2,60 abaixo das vigas). Trata-se de um imóvel construído nos anos 80 e que, portanto, não considerava as necessidades e instalações presentes hoje nos modernos ambientes de trabalho.
A estratégia utilizada foi criar um anel entorno do núcleo central com pé-direito reduzido para embutir os dutos de distribuição do ar-condicionado. A partir de uma grelha linear deste anel se faz o insuflamento do ar para todos os ambientes, liberando-os de dutos e difusores. Nestes ambientes utilizou-se placas de forro soltas, que rebatem no plano do forro as superfícies de trabalho e funcionam como refletores da iluminação indireta, e que permitem ver as lajes, vigas e instalações sobre eles, ampliando-se assim o pé-direito do escritório.
Outra característica deste projeto foi a utilização de divisórias de vidro para dar a máxima transparência possível e aproveitamento da luz natural contínua proveniente das janelas da periferia.
Luis Mauro Freire
Fábio Mariz Gonçalves
arquitetos coordenadores do projeto de urbanização
CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano
cliente
150ha
área de intervenção
1998
data
Jd Santo André, Santo André, SP
local
O projeto de Urbanização Integrada do Jardim Santo André desenvolvido pela CDHU é um dos maiores programas da companhia e tem como objetivo a recuperação urbana e ambiental de uma gleba de cerca de 150 hectares, ocupada irregularmente desde 1980 por quase 7.000 famílias no município de Santo André.
A área está situada no extremo leste do município de Santo André, divisa com Mauá, e caracteriza-se por uma região de “mar de morros” com uma topografia movimentada e recortada por vales estreitos e profundos e encostas com altas declividades. No interior da área e, principalmente, ao sul e a leste da gleba, encontram-se encostas recobertas por bosques nativos da mata atlântica ameaçados pela constante expansão do assentamento. As cumeeiras dos morros ao sul definem a divisa da área de proteção dos mananciais da bacia da represa Billings, e a leste o limite da bacia do rio Tamanduateí, também protegida por lei.
A gleba é composta por dois lotes de urbanização, o Lote 1, ao norte, onde se encontram as favelas Lamartine e Dominicanos e o Lote 2, ao sul, onde estão localizadas as favelas Toledanos, Cruzado, Campineiro e Missionários. No centro da área encontram-se empreendimentos da CDHU, constituídos de condomínios de prédios de cinco pavimentos, que se apresentam como fragmentos de tecido urbano a se integrarem à cidade e aos núcleos favelados através do programa de urbanização.
Um dos principais objetivos e desafios do programa é consolidação dos assentamentos e a retenção da expansão da ocupação sobre as áreas frágeis e vegetadas, protegidas pela legislação ambiental.
No Lote 2, objeto de trabalho do escritório, propõe-se o re-ordenamento físico dos assentamentos, dotando-os de toda infra-estrutura urbana, serviços e equipamentos públicos nas áreas de consolidação e regularização urbanística (notadamente as áreas mais baixas, com menor declividade), a remoção de setores do assentamento em áreas de recuperação e preservação ambiental para a criação de áreas verdes (nas cotas mais altas dos morros), áreas para a construção de novas moradias para reassentamento de famílias ocupantes de áreas de risco e de preservação (nas encostas), e estabelecimento de um sistema linear de espaços urbanos (no centro da área), responsável pela configuração de uma nova centralidade no núcleo e que receberá equipamentos urbanos, tais como creches, posto de saúde e escolas, assim como espaços para o lazer.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
autores
1995
projeto
1996
obra
4.411,00
área do terreno
715,00
área construída
Taboão da Serra, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
Zeuler Rocha Melo da Almeida Lima
autores
1991
projeto
Botucatu, SP
local
A atual situação do Campus Universitário, sem hierarquia de espaços e acessos aos edifícios, e a localização da área de intervenção junto à sua entrada são definidores do partido proposto.
A proposta tem por base dois objetivos:
– Estabelecer dos blocos projetados entre si e com as já existentes, buscando criar uma imagem que dê identidade à Escola de Medicina e ao Campus.
– Qualificar os espaços livres entre os edifícios buscando integrá-los à vida cotidiana dos usuários.
A organização em três edifícios considera as atividades programáticas e as etapas de implantação, preocupando-se, contudo com que cada uma destas etapas o conjunto se apresente como obra concluída.
A primeira etapa de implantação coloca o bloco dos departamentos junto ao Hospital Universitário, com o qual mantém relação funcional mais estreita, integrando-o ao seu desenho e buscando preservar a leitura das extremidades dos seus pavilhões. A colocação frontal das secretarias estabelece uma nova fachada para o conjunto, de modo definitivo, independente da futura ampliação dos gabinetes dos docentes.
O segundo bloco a ser implantado, o edifício de atividades didáticas, abra-se para uma praça configurada por este, pelo bloco das secretarias e provisoriamente, pelo talude existente a oeste do terreno. Para esta praça abre-se a circulação, voltam-se as entradas e a lanchonete.
A ultima etapa prevê a implantação do bloco administrativo junto ao talude, dando uma melhor configuração à praça, para a qual se abre seu acesso e se voltam seus ambientes principais, aproveitando-se, ainda, a melhor orientação solar.
Levando-se em consideração a construção em etapas e o barateamento da construção, o bloco dos departamentos e da administração utilizam-se da mesma modulação estrutural, permitindo a padronização e a pré-fabricação dos elementos construtivos
Projeto Básico de Urbanismo e Paisagismo para o Jd. Novo Horizonte
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
José Mário de Castro Gonçalves
colaborador
2011
projeto
Jundiaí, SP
local
110ha
área de urbanização
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
Zeuler Rocha Melo de Almeida Lima
autores
1991
projeto
Santo André, SP
local
50.000ha
área
O parque proposto ocupa um antigo porto de areia desativado, de cuja exploração aflorou um imenso lago com água de alta qualidade, potável e clara, e profundidades de até 80 metros. O parque se localiza numa área de aproximadamente 50 ha, em região urbanizada ao sul do Município de Santo André, na divisa com Mauá e no limite com a Serra do Mar.
O partido se baseia numa dualidade de sentidos: ao mesmo tempo recupera e preserva uma unidade ambiental específica, rica em recursos hídricos e florísticos e oferece espaços e equipamentos para a intensa utilização pública.
Um eixo principal interliga a praça de acesso à praça do lago, configurando um passeio público retilínio e de inclinação constante, acentuando a percepção das várias topografias presentes na área. Ao longo desse percurso sucede-se uma série de intervenções de caráter esportivo, educativo, cultural e de lazer, traduzidos por conjuntos edificados e pelo processamento paisagístico das áreas livres.
O passeio termina em uma grande praça junto ao lago, com restaurantes e píer para pequenas embarcações, além de uma piscina – construída a partir de um braço do lago – cujas margens foram tratadas como praias. Um eixo secundário sobe o espigão ao sul, criando estadas que executam no seu percurso uma varredura seqüencial da paisagem do parque.
A partir do lago, trilhas abertas apenas à visitação guiada e agendada, percorrem os morros íngremes, dando acesso à mata existente e às três torres de observação, visíveis da praça.
O desenho geométrico procurou evidenciar as intervenções realizadas – pisos, equipamentos, paisagismo, etc – destacando-as da paisagem natural presente no local.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
Henrique Fina
Luis Oliveira Ramos
autores
2002
projeto
São Paulo, SP
local
150ha
área de intervenção geral
25ha
área de intervenção específica
Pinheiros consolidou-se como importante subcentro comercial e de serviços populares da zona oeste; transformações recentes, porém, estão fixando um importante uso terciário de alto nível gerando conflito com antigos usos populares, que tendem a ser expulsos pelo processo de renovação da área. O projeto de reurbanização do Largo da Batata procurou estabelecer um conjunto de estratégias que concilia a renovação com a permanência e expansão dos antigos usos.
Como principais estratégias, buscou-se reorganizar o binário de transporte coletivo previsto, sugerindo-se a mudança do trajeto de ônibus da rua Paes Leme para a Rua Butantã, cuja ocupação lindeira é passível de sofrer maior renovação urbana.
Organizou-se um sistema de percursos servido por calçadas privilegiadas (largas e arborizadas) ligando os principais espaços públicos e equipamentos do bairro:
– através da supressão de uma das faixas do leito carroçável da rua Butantã e ponte Bernardo Goldfarb (devido à alteração das rotas dos ônibus) ligando o largo da Batata à Paineira;
– através da pedrestrianização de parte da Cardeal Arcoverde e alargamento da calçada da rua Edison articulando a FNAC ao largo;
– através da supressão da faixa de estacionamento da rua Paes Leme ligando o largo às estações da CPTM e METRÔ e servido ao SESC;
– ao longo da rua Eugênio de Medeiros, articulando o Butantã às estações até o parque proposto na quadra institucional ao norte da área;
– ao longo da rua Sumidouro, servido às duas escolas existentes, ao Centro Britânico e o parque proposto;
– ao longo da avenida faria Lima até o complexo Ohtake Cultural
Propõe-se a abertura para uso como parque público de parte da área verde existente na grande quadra de usos institucionais (SABESP, Corpo de Bombeiros, CETESB, CET e DSV).
Propõe-se a construção de uma praça cívica através da desapropriação e demolição de duas quadras que separam a Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrate, um dos principais referenciais do bairro, da Avenida Faria Lima. Esta intervenção liberará uma nova e ampla praça que passará a ser o espaço articulador de praticamente todos os percursos das principais ruas do Bairro e terá seu caráter cívico reforçado pela construção da nova sede da Subprefeitura de Pinheiros. A implantação de um grande estacionamento subterrâneo (com cerca de 500 vagas) sob a praça, atenderá à estação do Metrô prevista para o local, à Subprefeitura e ao comércio da área.
Propõe-se um novo alinhamento para as edificações da Av. Faria Lima que, perpendicular àquele da Rua Butantã, permite uma melhor leitura da sinuosidade da via e define um espaço aéreo triangular cujo vértice é a praça proposta, conformando um recinto urbano com clara unidade de desenho.
4º Prêmio em Concurso Público de Arquitetura promovido SESC-SP
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
autores
Felipe Chaves
colaborador
2013
projeto
Ribeirão Preto, SP
local
O novo SESC Ribeirão Preto é construído a partir da compreensão das condicionantes e potencialidades do lugar.
Como condicionantes, o terreno com geometria irregular e a existência de edificação a preservar impunham limites a soluções mais horizontalizadas. A presença de solo basáltico muito raso associado a nível d´água elevado praticamente inviabiliza a criação de subsolos profundos. Diante disso, soluções mais verticalizadas apontavam possíveis dificuldades de convivência com a edificação existente de baixo gabarito. Além disso, recuos e gabaritos legais limitavam ainda mais o aproveitamento do terreno.
Como potencialidades, as grandes frentes do terreno garantem boas condições de iluminação, ventilação, vistas e acessos. A presença de um pavilhão linear a ser preservado, articulado a uma rua interna, configurava um espaço de encontro interessante que entendemos ser necessário preservar e reforçar.
A partir dessa análise, nosso primeiro gesto foi propor um volume horizontal, disposto paralelo ao edifício existente, de mesmo porte, a fim de estabelecer uma equilibrada relação volumétrica e reforçar a rua interna como local de vivência. Para melhor solução do conjunto edificado, demoliram-se as piscinas originais substituindo-as por novo parque aquático. Consideramos a rua interna o principal espaço para atividades coletivas, e para animá-la, ali concentramos os espaços de uso mais franco: comedoria, biblioteca, exposições, foyer do teatro, salas curumim e infantil, e turismo. A rua foi proposta como um grande piso capaz de abrigar usos diversos, extensivo às atividades adjacentes – espaço da brincadeira, das apresentações teatrais, da “contação” de histórias – como também disponível para ser apropriado pelos vários projetos culturais desenvolvidos no SESC.
Nosso segundo gesto foi dispor um volume vertical paralelo à Rua Visconde do Rio Branco, que define uma nova frente para o SESC, reúne os acessos ao conjunto e abriga os programas de uso controlado (oficinas, atividades físicas, quadras esportivas).
Na intersecção dos volumes, dispomos uma praça de entrada que organiza o acesso aos diferentes térreos a partir da rua Visconde do Rio Branco. Este acesso, organizado em dois níveis, intermediários a cota da rua, distribui os fluxos segundo a lógica da organização programática do conjunto: o acesso ao térreo inferior, mais visível e convidativo, leva aos espaços de usos mais francos e abertos; o acesso ao térreo elevado leva aos usos mais controlados, e tem no salão da convivência o espaço de articulação e transição dos fluxos para as áreas de uso livre ou controlado.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
Zeuler R M A Lima
autores
1995
projeto
1995
obra
São Paulo, SP
local
420,00m2
terreno
232,80m2
área construída
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
autores
Marcelo Ungaretti
estrutura de concreto e madeira
1995
projeto
1996
obra
Bertioga, SP
local
400m2
terreno
195,40m2
área construída
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
autores
1997
projeto
São Paulo,SP
local
O conjunto existente já nasceu como dois edifícios justapostos. Aproveitando-se deste partido original, implantou-se a nova agencia dos correios no antigo edifício dos telégrafos, que da frente para a avenida São João, e o Centro Cultural no edifício que se volta para o Parque do Anhangabaú.
O partido procura reforçar relações espaciais esboçadas no partido original, de forma a ampliar a continuidade visual entre os vários andares e entre o edifício e o lote. Constrói-se um grande espaço central onde antes existia um pequeno rasgo com clarabóia. A circulação vertical se localiza sob a outra iluminação zenital existente no mezanino, transferida agora para a cobertura.
As construções anexas no fundo do lote são demolidas, dando lugar a um bloco em “l” (em parte existente), que abriga o teatro e todos os serviços de apoio (triagem, manutenção, administração, etc); toda a carga e descarga de materiais para ambos os edifícios se localizarão no térreo, sob uma laje construída no nível do mezanino, tendo acesso pelo parque do Anhangabaú.
Abrem-se dois terços da fachada dos fundos com um grande caixilho, permitindo a entrada de luz e a ampliação do espaço interno pela apropriação das áreas posteriores.
O projeto procurou manter as melhores características arquitetônicas do edifício existente; suas salas mais nobres são preservadas, as que se voltam para a praça do correio abrigarão as atividades que aproveitem essas visuais.
O térreo e uma extensão da cidade e com ela se articula. É no térreo que temos o acesso a agencia do correio, as lojas, estacionamento, e uma parte das exposições. Uma escadaria larga (10 m) liga o térreo ao mezanino, aonde encontraremos o teatro, a biblioteca, e de onde assistimos a articulação de todos os espaços visíveis por um grande hall, iluminado por um generoso caixilho e pelo teto de vidro.
Esta praça coberta se estende para um pátio descoberto, um “pocket park”, um refugio silencioso e aprazível no agitado centro de São Paulo. Uma escada helicoidal liga esse espaço ao beco do Paissandu, possível rota de funcionários e freqüentadores do local, um acesso secundário para o conjunto.
O teatro possui grandes portas de correr permitindo que, da praça descoberta, um publico maior possa assistir a eventos e shows mais concorridos.
Continua…
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Jonathas Pereira da Silva
Vera Regina Tangari
Ricardo Guerra Flores
autores
2008
projeto
Itaboraí, RJ
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
autores
Mogi das Cruzes, SP
local
1995
projeto
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
Brasília, DF
local
2010
projeto
A tipologia em “U” define um vazio central que provê luz e paisagem própria aos escritórios da CNM, e que contribui como elemento integrador de todas as atividades do conjunto. Privilegiou-se as melhores vistas em relação à uma orientação solar mais favorável, porém o conforto térmico será assegurado pela ventilação cruzada e brises.
A solução estrutural adota vigas biapoiadas com balanços nas extremidades que atirantam as lajes dos escritórios, a fim de diminuir a interferência que a estrutura do edifício provocaria nos usos do térreo, notadamente auditório e convenções. Como decorrência, os grandes balanços configuram uma praça coberta, fluída, quase sem obstáculos, conferindo à edificação um caráter mais público.
Optou-se pela estrutura metálica por ser um sistema construtivo industrializado, mais ágil e que permite diminuir prazos de obra e obter alto padrão de qualidade na construção.
A distribuição do programa organizou os setores mais operacionais no primeiro pavimento e no segundo concentraram-se os usos mais diferenciados, como a presidência e setores relacionados, escritórios rotativos para visitantes, salas de capacitação e área de descanso dos funcionários, este orientado para a vista do lago Paranoá.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
Luis Oliveira Ramos
José Mário de Castro Gonçalves
colaboradores
São Paulo, SP
local
2004
projeto
O projeto foi concebido a partir do entendimento de sua inserção na paisagem urbana e pelo seu contexto imediato.
O terreno, definido por dois patamares, já denuncia a transição entre um Centro densamente construído e o vale ajardinado. O partido se aproveita dessa condição e uma estabelece uma diagonal que define não só o limite dos terrenos da SNJ e da HIS e também o limite entre duas tipologias urbanas.
No lado da diagonal voltado para o Centro, buscou-se dar continuidade à ordem urbana vigente: o edifício da SNJ implanta-se no platô mais alto e cola-se à empena cega existente, arrematando a quadra definida por prédios no alinhamento. Na primeira fase de implantação do projeto, as 35 vagas solicitadas para o SNJ ocupariam parte do terreno, sob coberturas provisórias. Quando da construção do edifício da Secretaria, as 50 vagas seriam distribuídas em dois subsolos.
Propõe-se uma ocupação mínima do térreo, liberando uma praça em continuidade com a Carlos Gomes, onde se localiza a entrada do edifício habitacional pelo lado do “Centro” (na cota 100.00), através de uma passarela.
Junto ao viaduto Dona Paulina a diagonal assinala o segundo acesso ao edifício habitacional (cota 96.75) e define o limite entre a construção no alinhamento (através do comércio proposto) e a área livre arborizada do condomínio residencial, localizada no platô inferior (cota 96.00) do terreno.
No lado da diagonal voltado para o vale, optou-se pela tipologia “lâmina sobre pilotis” buscando liberar ao máximo o solo, arborizando-o e assim integrando-o ao contexto paisagístico do vale. Os pilotis ganham maior altura junto ao edifício SNJ permitindo que da praça superior se aviste o vale. A diagonal e a lâmina definem um pátio triangular condominial amplia a escala do espaço livre das praças superiores, qualificando-as. A torre de elevadores e as passarelas de ligação com o edifício residencial funcionam como elementos de transição entre o pátio e o recuo de miolo de quadra.
A opção por um edifício habitacional laminar, solto, que não segue a lógica de implantação no alinhamento, buscou não só a adequação a um contexto urbano híbrido, mas também evitou a conformação de pátios internos necessariamente escuros pela proximidade e escala dos edifícios vizinhos. A lâmina mostrou-se uma solução mais adequada na medida que proporciona a todas as unidades duas faces opostas para iluminação e ventilação cruzada, voltando os serviços e circulação para o miolo da quadra e orientando todos os ambientes de uso prolongado para o vale, com única exceção nos apartamentos de dois quartos, com dormitórios voltados para as praças superiores, dadas a escala e o interesse desses espaços livres.
As unidades habitacionais foram organizadas a partir de uma circulação aberta a cada três andares e escadas privativas como acesso às moradias localizadas nos andares contíguos; tal arranjo proporciona maior economia ao reduzir o número de paradas dos elevadores, e maior intimidade às moradias. A união dos dois elevadores numa única torre de circulação otimiza o uso dos equipamentos, diminuindo custos de manutenção.
A solução estrutural prevê paredes de concreto dispostas transversalmente à lâmina em intervalos de 5,50 m, contraventadas nas extremidades pela escada de segurança e quarto de unidade residencial; as passarelas que ligam o edifício à caixa de elevadores também colaboram no contraventamento. Lajes maciças com 20 cm de espessura vencem o vão sem vigas intermediárias. Placas pré-moldadas de concreto presas às paredes portantes protegem a fachada do calor excessivo e permitem a vista sobre o vale.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fabio Mariz Gonçalves
Henrique Fina
autores
São Paulo, SP
local
1998
projeto
O projeto foi definido a partir do entendimento de sua inserção na paisagem urbana e pelo seu contexto imediato.
O terreno situa-se em um vale, diante do córrego jaguaré, coberto pela avenida politécnica, metros antes deste desembocar no rio pinheiros. esta situação nos sugeriu a reserva de parte significativa do lote como área permeável e verdejante.
O grande jardim proposto é um dos elementos fundamentais para a qualificação dos espaços de trabalho e dos acessos. este jardim não é o espaço residual consequente do projeto do edifício, é antes de tudo um espaço projetado articuladamente com cada elemento construído. o conjunto arquitetônico organiza-se ao redor deste elaborado jardim estabelecendo visuais recíprocas que valorizam os espaços internos e externos.
O projeto tira partido do fato de que as melhores visuais coincidem com as orientações mais favoráveis para o aproveitamento da insolação.
O corpo principal do conjunto arquitetônico constitui uma lâmina que orienta-se para as visuais a leste e a sul do terreno apreendendo grande extensão do vale do rio pinheiros avistando desde o pico do jaraguá, a torre dos correios, o parque vila lobos, os principais edifícios construídos junto às marginais, a raia e o campus da usp. deste modo impediu-se a visualização dos edifícios industriais que caracterizam a zona do jaguaré.
A face sudoeste, com visuais e insolação piores, abriga uma longa bateria de salas técnicas, escadas de emergência, sanitários e copas que constrói um plano paralelo e solto do corpo principal. Junto a este plano, grandes vazios permitem que a luz natural zenital penetre em todos os andares. as passarelas que atravessam este pé direito quadruplo unem o corpo principal aos serviços, permitindo a visualização dos vários setores da fundação.
A organização do edifício em lâmina atendeu várias condicionantes do projeto, entre elas: lajes amplas permitem o agenciamento flexível e articulado dos três departamentos e a redução do número de pavimentos possibilita uma otimização da circulação vertical por meio de escadas-rápidas.
2º Prêmio em Concurso Público Nacional de Arquitetura promovido pelo IAB-CE
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fábio Mariz Gonçalves
autores
Fortaleza, CE
local
2001
projeto
A implantação aproveita-se da ampla área situada nos fundos do terreno da atual sede do crea instalando na 1a etapa de obra o edifício que abrigará todas suas atividades atuais.
Quando este estiver concluído e em condições de funcionamento pode-se demolir a sede atual e edificar no lugar o auditório e a rampa que assinalam um acesso exclusivo de pedestres e criam um volume forte e colorido em um espaço animado por espelho d’água e mastros das bandeiras que marcam a presença da instituição junto ao passeio qualificando-o.
Deste alargamento da calçada vê-se o pilotis, um terraço com generoso pé-direito que abriga as atividades de utilização mais franca, cotidiana (protocolo e atendimento aos profissionais) e independente do crea (posto bancário, exposições e auditório). já a partir do pilotis percebe-se o acesso e o amplo vazio central que caracteriza o projeto.
Este espaço responde a três objetivos: garantir iluminação e ventilação natural abundante e eficiente para todos os ambientes de funcionamento do órgão (evitando corredores escuros e desinteressantes); qualificar arquitetonicamente o edifício permitindo fácil orientação e apreensão deste; propiciar pela singularidade e impacto dos espaços oferecidos que a nova sede do crea torne-se um ponto de encontro e convivência interessante para seus filiados e funcionários.
A proposta de ter um espelho d’água na parte baixa do vazio vêm desta mesma idéia de gerar interesse e impacto, refletindo as luzes que descem da cobertura transparente.
A organização dos acessos em dois níveis, automóveis por baixo e pedestres por cima, garantiu a autonomia e qualidade destes acessos. o acesso dos automóveis é feito junto ao espelho d’água e o dos pedestres pela rampa.
Esta separação permite que, enquanto a segunda etapa da obra estiver desenvolvendo-se, os pedestres entrem com comodidade, provisoriamente, pelo acesso inferior.
O mesmo tipo de elementos vazados utilizados como brise nas faces de insolação mais intensa também serão utilizados na montagem das paredes que delimitam os espaços privativos do crea, permitindo a plena passagem das brisas dominantes para o interior do edifício, com isto apropriamo-nos das lições da arquitetura mais adaptada ao clima quente da região adequando-a a uma linguagem contemporânea.
Continua… (para ver texto completo, entrar em contato com o escritório)
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
Eliene Senna
José Mário de Castro Gonçalves
colaboradores
Porto Alegre, RS
local
2009
projeto
A fim de atender as principais solicitações do edital – um plano de integração das diferentes áreas do ALERGS e ampliação do espaço físico – é proposta a reestruturação das circulações de todos os edifícios do complexo, inclusive a substituição do anexo 1 por um novo edifício.
O sistema de circulação estrutura-se a partir de uma cota intermediária – nível do térreo do Palácio Farroupilha – que irá conectar todos os edifícios e propiciar ligações diretas com seus acessos, que se dão por três ruas localizadas em cotas variadas. O sistema de circulação das novas edificações e do Palácio Farroupilha obedecem à uma mesma estratégia e se posicionam de forma a contribuir para uma maior clareza nas articulações dos diferentes níveis e dos programas específicos que cada edifício passará a abrigar.
O Palácio Farroupilha concentrará as atividades parlamentares principais (gabinetes de deputados, presidência, plenário e atividades de apoio, fórum e teatro). A torre de circulação e serviços proposta é compacta, implanta-se junto à antiga circulação que será demolida e é resolvida de maneira a possibilitar a ampliação da rampa de acesso à garagem do subsolo, evitando a rota confusa hoje feita pelos carros e que conflita com a circulação de pedestres para o complexo.
A marquise liga-se na outra ponta com o Novo Anexo 1, destinado às atividades com maior concentração de público externo (salas multiuso, comissões e atividades relacionadas -departamento de assessoramento legislativo e de comissões parlamentares-, plenarinho, biblioteca e interlegis). O térreo desse edifício desenvolve-se em tres níveis. O térreo inferior estabelece ligação em nível com o Térreo do Palácio Farroupilha. O nível intermediário abriga o restaurante. E o térreo superior abriga o hall de acesso para quem chega da rua Duque de Caxias.
Do Complexo chega-se ao Anexo 3 através de uma passarela metálica aérea. A passarela acessa o nível da cobertura da base do edifício e a partir desse terraço uma escada aberta vence o desnível até o térreo. Este edifício abrigará atividades administrativas e de apoio aos funcionários.
2º Prêmio em Concurso Nacional de Arquitetura promovido pelo IAB-SP e Prefeitura de Campinas
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
Henrique Fina
autores
Jonathas Magalhaes da Silva
paisagismo
Ricardo Guerra Florez
desenhos
Zula Matias
Marcel Ursini
colaboradores
Mirtes Luciani
consultoria sustentabilidade
Hélio Olga de Souza Jr
consultoria estrutura e sistema construtivo
2015
projeto
Parque Taquaral, Campinas, SP
local
A CASA DA SUSTENTABILIDADE
A forma do edifício nasce a partir da relação que estabelece com as várias escalas do território.
NA MACRO ESCALA
Em primeiro lugar a região, compreender as características de Campinas, seu clima, os ventos predominantes. A carta bioclimática de Campinas indica como principais estratégias para obtenção de conforto numa edificação o sombreamento e a ventilação natural. Em função disso, adotou-se para o edifício uma orientação o mais norte-sul possível visando aproveitar a luz natural e principalmente os predominantes ventos que sopram do sudeste, sul e sudoeste, desta maneira possibilitando o uso de soluções passivas para obtenção de conforto aos usuários da Casa da Sustentabilidade, colaborando, desta maneira, para um edifício com alta eficiência energética.
NA ESCALA LOCAL
Em seguida o parque, em visita, notamos que sua porção noroeste é pouco conectada ao conjunto e o percurso das águas do reservatório ao lago estava oculto. A forma linear adotada para o edifício sugere uma direção de percurso leste-oeste, procurando conectar a porção noroeste ao parque. A conexão é reforçada pelo conjunto de tanques (WETLANDS) e espelhos d`água que interligam o pequeno reservatório ao lago. A água é aproveitada como elemento paisagístico ao mesmo tempo que o sistema de tanques purifica a água, tornando-a adequada ao reuso.
Além disso, posicionou-se o edifício de maneira a liberar um grande jardim frontal, extensão do parque concebido como área de exposição e eventos externos.
Por fim, o edifício considerando os diferentes tipos de fluxo (mais público ao mais restrito) e de uso (transitórios aos prolongados), a volumetria foi dividida grosso modo em dois blocos, o frontal, ligado ao jardim, e o posterior.
O bloco frontal, mais público, é resolvido em tipologia pavilhonar e abriga o acesso principal, em varanda, e a sala de exposições. Sua orientação favorável ao aproveitamento dos ventos sudeste resultou no emprego de cobertura ventilada como estratégia passiva de conforto. Amplos beirais e brises protegem os caixilhos orientados para “norte-sul” e a iluminação é complementada por lanternins. A cobertura é tratada como extensão das áreas expositivas, franqueia ao público o acesso aos painéis fotovoltaicos, estes suficientes para satisfazer as necessidades do edifício na maior parte do ano.
O bloco posterior é resolvido em três volumes principais – o auditório/plenário, as reuniões e a administração – separados por dois volumes de serviços. A independência de cada programa visou separar fluxos, obter melhor estanqueidade acústica e otimizar o uso eventual do ar condicionado. A posição do bloco posterior impede o aproveitamento eficiente dos ventos sudestes; portanto neste caso optou-se pelo teto verde como estratégia de sombreamento em substituição à cobertura ventilada utilizada no pavilhão de exposições. Por serem ambientes voltados ao uso prolongado, previu-se o uso eventual de ar condicionado quando a ventilação cruzada não se mostrar suficiente.
Amplos beirais e paredes duplas com função de sombreamento complementaram as soluções técnicas para obtenção de conforto.
A volumetria adquire unidade plástica pelo emprego das mesmas técnicas construtivas. Coberturas levemente inclinadas em água única apoiadas em strutura de madeira laminada colada de eucalipto associado a painéis em chapas melamínicas e caixilhos piso-teto também em madeira, conferem ao conjunto o desejável caráter doméstico.
A sustentabilidade deve estar na casa das pessoas, portanto o edifício evita qualquer monumentalidade ou expressão alegórica, mostrando-se como um exemplo didático que adquire caráter doméstico, procurando aproximar as práticas sustentáveis ao cotidiano das pessoas.
Concurso Público Nacional de Arquitetura para Moradia Estudantil promovido pela UNIFESP – Campus Osasco
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
autores
Daniel Chun
Felipe de Paula Chaves
Zula Matias
colaboradores
Osasco, SP
local
2015
projeto
Contexto e morfologia
O projeto busca promover ações de integração do novo conjunto com a paisagem consolidada no local através de uma morfologia que não é uma imitação do entorno mas mantem algumas de suas características: emprega gabarito relativamente baixo, privilegia o alinhamento das edificações construindo a rua, visando a urbanidade. E reforça a interação com o entorno imediato estabelecendo duas entradas: por uma rua fora do campus e outra por dentro do campus.
A disposição dos edifícios contra as curvas de nível buscou paradoxalmente acomodar melhor o conjunto na acidentada topografia, evitando alterar o relevo, e obter orientação norte e leste para todos os dormitórios.
Diferentes cotas separam diferentes partes do programa. O nível mais baixo, na cota 773, abriga o acesso ao conjunto pelo campus universitário, onde uma pequena praça aglutina os usos públicos e define um espaço de vivência. A cota 776,15 caracteriza-se como transição entre os usos privativos e os públicos. Moradias, áreas de estudo e estares comuns, estão locados nos níveis superiores, a partir do nível 778,95.
Os edifícios residenciais configuram dois pátios vegetados, um mais fechado, interno, protegido, que abriga a moradia dos casados, e outro aberto à paisagem e visualmente integrado à praça de acesso, que abriga os demais moradores. Os pátios acompanham a forte inclinação do terreno e funcionam como áreas de contemplação; para suprir as necessárias áreas de convivência criaram-se terraços cobertos nos pontos de inflexão do edifício, contíguas às áreas de estar e estudo dos moradores.
A praça de convivência localizada na cota 773 do terreno acolhe moradores e visitantes e a partir dela são propostos caminhos alternativos por rampas, escadas e passarelas para acesso as quatro circulações verticais do conjunto localizadas nas cotas 776,15 e 778,95. Esse sistema de circulação percorre as áreas comuns de vivência e promovem o encontro dos moradores. Na cota 778,95 estão as moradias para portadores de necessidades especiais, que além de elevador podem ser alcançadas por rampa. O acesso aos andares também pode ser feito por um sistema de escadarias externas que acompanha a inclinação do terreno e conecta os vários andares e a segunda entrada para o conjunto pela rua Rua General Newton Stilac Leal, rua que dá acesso à Estação Itaúna da CPTM. Através das escadas externas e da circulação horizontal de acesso aos dormitórios vivencia-se os pátios, transforma-se o que seria uma simples conexão em um passeio.
Concurso Público Nacional de Arquitetura para Moradia Estudantil promovido pela UNIFESP – Campus São José dos Campos
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Marcelo Luiz Ursini
autores
Daniel Chun
Felipe de Paula Chaves
Zula Matias
colaboradores
São José dos Campos, SP
local
2015
projeto
Memorial
O projeto busca criar oportunidades de convívio entre o ser humano e o meio ambiente, promovendo oportunidades de contemplação, passeios, meditação e encontro.
Considerando esse aspecto, optou-se por implantar os edifícios de moradia ao longo de uma das laterais do terreno, disposição que enfatiza o suave aclive do relevo, a fim de configurar uma grande área ajardinada que estabelece continuidade visual e física com as áreas de APPs vizinhas. Esta área ajardinada se estende sobre a cobertura do edifício de vivência, transformada em praça mirante, permitindo visuais sobre todo o campus universitário.
Afirmação na paisagem
Optou-se por implantar o conjunto de moradias direcionando as visuais dos edifícios às belas vistas panorâmicas do entorno e garantindo orientação norte e leste para os dormitórios. Mas buscou-se principalmente a constituição de um conjunto arquitetônico integrado, que se afirmasse na paisagem e traduzisse a ideia de moradia coletiva. A criação de uma rota privilegiada de pedestres é feita ancorada pela disposição linear do conjunto. Essa rota inicia-se no centro de vivência (cota 585), espaço de uso coletivo geral caracterizado por um pátio descoberto de onde se observa todas as atividades presentes no edifício. Neste pátio, uma escada-arquibancada, proposta para abrigar público para pequenas apresentações, interliga o centro de vivência à praça ajardinada (cota 589,20) e aos térreos em pilotis das edificações residenciais. Os pilotis abrigam os espaços de uso coletivo intermediários (terraços, estudos e estares dos moradores) e interligam os três acessos verticais dos edifícios, constituindo uma rua coberta de circulação e encontro no nível da praça, e possibilitam a conexão física e visual com as APPs vizinhas. A circulação de acesso aos dormitórios nos andares superiores passa a participar e animar a praça, transformando o que seria uma simples conexão num passeio elevado.
A rua que delimita de um dos lados o grande jardim configura uma rota secundária de uso compartilhado entre veículos, pedestres e bicicletas, e articula os três acessos que servem ao lote: a da rua projetada prevista na parte alta do terreno, cota 595, onde se prevê o estacionamento de visitantes pela ligação mais direta com a cidade; do acesso ao centro esportivo do Campus, previsto na cota 590; e da rua projetada na cota inferior do terreno, cota 585, por onde se acessa os demais edifícios da universidade.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
2005
projeto
2006
obra
Paria de Guaecá, São Sebastião, SP
localização
300,00m2
área do terreno
138,60m2
área construída
LY Engenharia e Projetos
fundações, alvenaria armada
Ita Construtora
estrutura de madeira
JPD Instalações Hidráulicas e Elétricas
instalações prediais
Luis Mauro Freire
fotografias
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
Luis Oliveira Ramos
colaborador
2005
projeto
4.620,00m2
área de terreno
5.978,00m2
área construída
Cidade Universitária, São Paulo, SP
localização
A implantação de um pequeno museu num contexto de campus universitário, caracterizado por grandes volumes prismáticos distribuídos num parque, sugeria duas possibilidades: manter a coerência volumétrica com os demais edifícios e manter a integração visual com a vizinhança arborizada do Instituto Butantã.
A opção por um volume prismático, envidraçado de maneira a permitir o desfrute da paisagem e o anúncio das exposições para o campus, visa estabelecer o diálogo formal com edifícios de grande valor arquitetônico – FAU, Faculdade de História- e definir uma imagem forte caracterizadora de sua especificidade de abrigar um museu vivo.
O volume repousa numa base que define o piso de acesso público às áreas de exposição do museu, configurando-se numa praça de convívio terraceada, cuja cota elevada possibilita apreender o bosque presente no Instituto Butantã e abrir visuais para o Campus.
A base estabelece a transição das várias cotas presentes no terreno, definindo vários tipos e níveis de acesso. Na base localizam-se os ambientes de produção, como salas de aula, laboratórios, auditórios.
A estrutura utilizada no volume das exposições emprega seis pontos de apoio – quatro pilares e duas caixas de escada – que sustentam quatro vigas metálicas que vencem o vão longitudinal, suportando as três lajes existentes, duas de exposições e o piso da biblioteca, sendo que o pavimento inferior, das exposições temporárias, é pendurado por tirantes às treliças; na base empregou-se estrutura de concreto protendido. A diferença dos sistemas estruturais é enfatizada no tratamento plástico, utilizando-se concreto aparente na base e painéis de alumínio no volume elevado.
Nas áreas de exposição buscou-se uma articulação clara entre os diferentes níveis, pontuando a biblioteca como elemento de transição entre as duas exposições – temporárias e permanentes – por ela também se configurar num importante acervo de idéias acumuladas pela história.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
José Mário de Castro Gonçalves
colaborador
2003
projeto
2004
obra
Guaecá, São Sebastião, SP
localização
300,00m2
área do terreno
121,00m2
área construída
LY Engenharia e Projetos
fundações, alvenaria armada
Ita Construtora
estrutura de madeira
JPD Instalações Hidráulicas e Elétricas
instalações prediais
Luis Antônio de Souza Góes
construção
Glauco França
Luis Mauro Freire
fotografias
Esta residência se localiza em um condomínio onde a organização das glebas é feita por faixas, perpendiculares à rodovia e a linha de beira-mar, intercaladas por ruas de serviços – onde se dão os acessos de veículos – e “ruas” de lazer – amplos espaços coletivos, gramados e ajardinados, de acesso à praia, aos quais se integram os recuos dos lotes, que possuem, desta maneira, duas “frentes”.
Como a principal exigência da proprietária era construir uma casa econômica e de baixa manutenção, optamos por resolvê-la em um único pavimento térreo, com área de 120 m2. A exigüidade da área seria compensada por uma planta enxuta, com poucas áreas de circulação, e amplitudes visuais para o exterior através de amplos caixilhos e beirais.
A residência foi resolvida em dois volumes executados em dois sistemas construtivos diferentes. O primeiro bloco em alvenaria armada aparente e laje de concreto impermeabilizada, foi implantado na face sudoeste do terreno, obedecendo ao recuo mínimo, concentrando as áreas molhadas; o segundo bloco, executado em estrutura de madeira com cobertura em telhas cerâmicas, está disposto em paralelo ao primeiro bloco e define um recuo lateral maior, de 2,5m, por onde é feita a entrada social da casa e para onde estão voltados os dormitórios.
Este pavilhão de madeira foi projetado com 5 módulos de 3m, abrigando em três dos módulos os dormitórios, nos dois últimos a área de estar, voltada para a rua de lazer. A área de estar abriga uma sala mais formalizada em um módulo, e no outro configura-se uma varanda inteiramente integrada com os jardins externos por caixilhos pivotantes que abrem completamente o vão.
A cobertura inclinada projeta-se em amplos balanços nas duas extremidades e nas laterais, obtidos graças a um artifício formal, o de recuar os fechamentos cerca de um metro para o interior da residência. A estrutura de madeira apóia-se no bloco de alvenaria armada, e a inclinação da cobertura permite evidenciar no interior da residência as diferentes soluções construtivas adotadas.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
2003
projeto
2005
obra
325,00m2
área do terreno
295,00m2
área construída
Alleoni Engenharia e Projetos
fundações, alvenaria armada
Ita Construtora
estrutura de madeira
JPD Instalações Hidráulicas e Elétricas
instalações prediais
Ricardo Migliorini
fotografias
O terreno urbano de dimensões modestas, mais ainda quando em frente a uma praça, requer três cuidados ao partido: que qualifique o espaço livre para além dos padrões de recuos mínimos exigidos pela legislação, que agregue a qualidade do espaço público ao privado, e que preserve o programa da proximidade com os vizinhos. O primeiro e o segundo se reconhece impreteríveis, o terceiro se mostrou relativo: isolar a divisa norte (a sul, dado a permissão da legislação, naturalmente seria aquela a geminar) parecia a solução mais adequada, porém, diante da oportunidade de aproveitar ao máximo a excepcional orientação solar, optou-se por um arranjo basicamente linear, voltado para esta face.
O perfil natural do terreno – um pé-direito acima da rua, cortado na sua metade anterior recebe a garagem, entrada da residência; na posterior o estreito bloco laminar de dois pavimentos que propicia um “recuo lateral ampliado”, pátio articulador do conjunto. A sala de estar, em laje sobre a garagem, dispõe-se – assim como a área coberta aos fundos – transversalmente, em nível com o pátio e a cavaleiro da praça, em total transparência para ambos, como uma varanda. A cozinha ganha o mesmo caráter ao se deslocar a circulação de acesso aos serviços para junto da fachada.
Dois sistemas distintos, construtivamente consecutivos, definem diretamente o caráter formal da obra: paredes de alvenaria de blocos de concreto e estrutura independente de madeira. Da idéia evidente de concentrar nos muros de divisa os elementos opacos e portantes resulta uma estrutura transversal, de pórticos triarticulados sobrepostos, contraventados pela rigidez da alvenaria, com somente uma linha de pilares. O balanço das vigas do bloco laminar diminui o vão daquelas que suportam as lajes planas de cobertura, possibilitando que ambas mantenham a mesma seção, e as apóiam em dente Geber – detalhe que extrapola sua função técnica ao revelar a situação das partes em relação ao todo.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
Fábio Marchi
colaborador
Carpintería Estruturas de Madeira
estrutura de madeira
LY Engenharia de Projetos
estrutura de concreto
Gavazzi Engenharia
hidráulica, elétrica e climatização
Archidesign
luminotécnica
Felipe Reichmann
paisagismo
Luis Mauro Freire
fotografias
Maricá, RJ
localização
2012
projeto
620,25 m2
área construída
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Henrique Fina
autores
José Mário de Castro Gonçalves
colaborador
2006
projeto
2008
obra
Mauá, SP
localização
2.059,96m2
área do terreno
3.604,00m2
área construída
RC Engenharia Estrutural
fundações, estrutura de concreto e concreto pré-moldado
MBM Engenharia
instalações prediais
Scopus Construtora
construção
Luis Mauro Freire
fotografias
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
José Mário de Castro Gonçalves,
Luis Oliveira Ramos, Raul Geraldo Machado
colaboradores
2004
projeto
2006
obra
4.064,00m2
área do terreno
3.913,00m2
área construída
Cepollina Engenheiros Consultores
fundações
CTC Projetos e Consultoria
estrutura de concreto
Oficina de Arquitetura e Estrutura
estrutura metálica
JPD Instalações Hidráulicas e Elétricas
instalações prediais
TARRAF Construtora
construção
Ricardo Costa Migliorini
fotografias
O projeto buscou promover a maior integração espacial possível entre os ambientes de convívio da escola e áreas livres existentes, procurando aproveitar todas as oportunidades de uso de um terreno pouco generoso para o extenso programa que abriga.
A relação da nova edificação ao seu contexto se faz pela extensão virtual de uma rua, pelo acesso principal da escola, até o pátio externo localizado no fundo do lote, junto ao córrego existente. Com o advento da escola, esta rua, ligação com a principal avenida do bairro, configura-se como um importante acesso de pedestres. Esta extensão marca o limite entre o bloco didático e o bloco esportivo. No primeiro, a organização das salas em torno de um pátio central descoberto, qualifica o espaço de circulação integrando-o às outras áreas de convívio. As atividades realizadas no segundo podem ser acompanhadas do galpão ou da principal circulação vertical, que inclusive, dada sua localização privilegiada, domina todas as atividades no edifício.
A continuidade espacial que o pátio interno mantém com a área externa através do vão livre do galpão possibilita que a arborização das margens do córrego seja vista desde o interior da escola.
O mesmo acontece com os outros espaços de convívio, que em continuidade com as áreas livres externas, correspondentes aos recuos mínimos exigidos pela legislação, integram a escola ao seu entorno.
No bloco didático as salas de aula são orientadas para norte e sul, e o apoio didático para leste, reservando a face de orientação mais crítica para o bloco esportivo. A proteção solar e fechamento da quadra são feitos com cobogós cerâmicos, tornando mais legível a organização das diferentes partes do programa.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
Fabio Mariz Gonçalves
Zeuler R M A Lima
autores
1991
projeto
1998
obra
7.720 m2
terreno
3.255 m2
construção
Campo Limpo, São Paulo, SP
localização
Hidroconsult Consultoria Estudos e Projetos
fundações, estrutura de concreto
CZN Engenharia de Sistemas
instalações prediais
NGTM
construção
Ricardo Costa Migliorini
fotografias
Criada pelo Papa João Paulo II, em 1989, a Diocese do Campo Limpo é composta por vários bairros do município de São Paulo (Campo Limpo, Jardim Ângela, Morumbi e Vila Sônia) e seis outros municípios, abrigando uma população estimada em 2.500.000 habitantes.
O terreno é lindeiro ao córrego Pirajussara, no eixo visual de uma curta avenida que se liga ao Largo do Campo Limpo, no qual chega grande parte das linhas de ônibus que servem a região.
A nave principal foi concebida como um grande salão, praticamente quadrado, com cerca de 1200m2 e capacidade para 1500 pessoas sentadas; sua divisão em três volumes procurou responder ao contexto pobre de casario da vizinhança, evitando um grande contraste de escala, e à configuração de um adro de entrada, uma praça de acolhida para procissões e confraternização da comunidade. O afunilamento do volume superior demarca a centralidade do altar, que domina simbolicamente todo o espaço.
A fim de liberar o interior da nave de pilares, a estrutura da cobertura adota duas vigas protendidas, com vãos de 38 e 39 metros, que penduram duas vigas menores e mais baixas. As vigas suportam telhas pré-moldadas de concreto vencendo vãos variados.
O fechamento entre os pendurais utiliza painéis de mármore, tipo espírito-santo, com espessura de cerca de 1,5 cm. Esta opção foi adotada pelo seu baixo custo e pela suavidade e beleza da luz filtrada pelo mármore.
Na fase de projeto contou-se com a consultoria do especialista em arte-sacra, Cláudio Pastro, também o autor do grande painel do altar, pintado em afresco.
A torre, localizada no eixo da avenida, é peça fundamental para a visibilidade do templo para quem passa no largo ou no cruzamento das estradas.
Posteriormente foi desenvolvido o projeto de um anexo para abrigar programa de apoio à Catedral – residência de padres, salão de festas, salas de catequese – e a implantação paralela ao córrego procura liberar uma pequena praça para uso cotidiano.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
OFCP
instalações hidráulicas e elétricas
Engemac Climatização
climatização
OFCP
obra
2015
projeto
2015
obra
750m2
área
Alphaville, Barueri, SP
local
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
José Mário de Castro Gonçalves
colaborador
2010
projeto
2013-2014
obra
6.012,00
área do terreno
2.033,10
área construída
Catuta Engenharia
projeto estrutura de concreto
Paulo Clarete Ticianelli
projeto estrutura metálica
Sandrantec Consultoria
instalações prediais
MBM Engenharia
climatização
Adriana Petito de Almeida Silva e Castro
Luciana Oliveira Fernandes
consultoria de conforto ambiental
Vânia Regina Pierri Oliveira,
Marina Sabino
analistas FDE
Luis Mauro Freire,
Maria do Carmo Vilariño
autores
Zula Matias
colaboradores
Dourados, MS
local
2014
projeto
2016
obra
Dourados, MS
localização
Porjetal Projeto Estrutural e Consultoria
estrutura
RM Engenharia
hidráulica, elétrica, climatização
Marcos Castilha Arquitetura de Iluminação
luminotécnica
Oca Oficina de Criação e Arquitetura
interiores
Quinta Arquitetura Design e Paisagismo
paisagismo
Luis Mauro Freire
fotografias
Trata-se de um clube de lazer para atender os futuros moradores de empreendimento imobiliário localizado em área de expansão urbana da cidade de Dourados, MS. O clube foi projetado para atender à aproximadamente 600 famílias moradoras do condomínio e seus futuros amigos e visitantes.
O lote do clube localiza -se no eixo central de acesso do condomínio e junto à um lago na porção nordeste da área. Devido à declividade suave do terreno em direção ao lago, é possível, desde da entrada do empreendimento, visualizar o clube que se coloca paralelo à rua de acesso e, através da edificação e de longos muros longitudinais, resguardam-se as áreas de lazer de olhares externos.
O clube, em forma de ‘L”, procura definir duas áreas com diferentes condições de privacidade para as atividades que se desenvolvem no lote. Na porção sul do lote, localizam-se as quadras esportivas, abertas para a esquina e para os lotes situados na rua lateral. Na porção central do lote, localizam-se as piscinas que, protegidas pela volumetria do clube, se voltam para o norte e para a linda paisagem do lago.
O programa do clube é organizado em duas alas, uma disposta em paralelo à rua de acesso e que abriga o salão de festas, bar, cozinha, ambientes de apoio e pátio de serviço. A outra compreende a sauna, vestiários, fitness, salão de jogos e churrasqueira. A implantação em forma de “L” permite que todos os ambientes de voltem para a área da piscina e consequentemente para o lago. A circulação avarandada interliga todos os ambientes e propõe caminhos em direção às quadras e ao lago, onde, através de um pequeno deck flutuante, as pessoas podem ter contato direto com a água.
A edificação do clube é muito simples e é composta de planos verticais de alvenaria revestidos de tijolo de barro que apoiam, em níveis diferentes, planos horizontais de coberturas planas. Utilizou-se estrutura de concreto para as alvenarias de fechamento e estrutura metálica para apoio de telhas de aço termoacústicas para a cobertura. Um brise em chapa perfurada de aço protege o salão de festas da incidência de sol na face oeste. Um pórtico de acesso e um bloco de apoio junto à entrada do condomínio completam o conjunto edificado.
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
José Mário de Castro Gonçalves
colaborador
2010
projeto
2013-2014
obra
Steng Engenharia de Projetos
estrutura de concreto e metálica
Sandretec Consultoria
instalações hidráulicas e elétricas
MBM Engenharia
climatização
Cepollina Engenheiros Consultores
fundações
Siméia de Carvalho Pinto
analista FDE
Luis Mauro Freire
Maria do Carmo Vilariño
autores
Eliane Sena
colaborador
2010
projeto
2012
obra
542,06 m2
área do terreno
605,47 m2
área construída
Alleoni Engenharia
estrutura de concreto
MBM Engenharia
instalações prediais
Civilsolo Sondagens e Fundações
sondagens e fundações
Torres Martins
construção
Luis Mauro Freire, Maria do Carmo Vilariño, Fábio Mariz Gonçalves, Zeuler Rocha Melo de Almeida Lima, Eurico Ramos Francisco e Lívia Leite França
Autores do projeto inicial
Luis Mauro Freire
Coordenador do projeto atual
José Mário de Castro Gonçalves, Luis Oliveira Ramos, Alexsander Laranjeira, Paulo Cuconati, Eliane Sena, Henrique Fina
colaboradores
1989 – 2007
projeto
2011
obra
18.700,00m2
área do terreno
48.277,00m2
área construída
Hidrosolo Consultoria e Engenharia de Projetos
Soltec Engenharia
fundações
Engeserj Engenharia
Simetria Engenharia
estrutura de concreto
WS Welder Silva de Miranda
Ferenge Estruturas Metálicas
estrutura metálica
Critério Engenharia Consultiva
instalações prediais
LABAUT Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética
luminotécnica, conforto ambiental
Franco e Fortes Lighting design
luminotécnica
Alexandre Sresnewsky
acústica
Dinaflex Consultoria e Projetos em Esquadrias de Alumínio
caixilhos
Via Engenharia SA
construção
Visualize Arquitetura Digital
modelo eletrônico
Maquetaria da Vila
modelo físico
A área definida para a implantação da nova Câmara se encontra ao longo do Eixo Monumental junto à Praça do Burití, ao Palácio do Burití (Poder Executivo) e ao Palácio da Justiça (Poder Judiciário) configurando a Praça dos Três Poderes no âmbito distrital.
Trata-se, portanto, de uma situação urbana muito específica, onde é onipresente uma lógica urbanística e arquitetônica modernista e simbólica.
A implantação geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal se dá segundo a criação de duas praças públicas separadas por um muro diagonal. Uma de caráter cívico, aberta para o Eixo Monumental, apresentando o plenário como edifício simbólico. A outra rebaixada e preservada, cria um espaço de encontro e convívio das pessoas nas suas atividades cotidianas, abrigadas da linha do horizonte da extensa paisagem da capital.
O edifício organiza-se em diferentes volumes que expressam os diferentes conjuntos do programa. O plenário acomoda-se em um volume semi-circular implantado na cota mais alta da praça de acesso, dominando o conjunto. Os escritórios e gabinetes dos deputados localizam-se em uma lâmina longa e horizontal que se relaciona volumetricamente com a estrutura urbana do entorno e funciona como suporte visual para o volume do plenário, interligado por uma galeria transparente. A galeria estabelece a ligação dos acessos de público (pela praça cívica) e de deputados (pela rua posterior) para o plenário, e as circulações, diferenciadas, são resolvidas em diferentes níveis.
Comissões, auditórios e outros volumes secundários localizam-se no nível dos pilotis ou da praça rebaixada, relacionando-se diretamente com o público e funcionários da Câmara.